Dados da Segurança Pública no Brasil em 2024
Dados oficiais do fechamento anual de 2024, do Ministério da Segurança Pública, apontam que houve, sim, redução no número de homicídios a nível nacional em 2024. Porém, os desafios locais, no interior do Nordeste, ainda são proporcionalmente muito altos. Vejamos o caso de Ipiaú e, pior ainda, da cidade de Jequié, que registram taxas proporcionais alarmantes (para cada 100 mil habitantes). Enquanto grandes capitais mantêm números relativamente decrescentes, essas duas cidades ainda apresentam um elevado índice de homicídios.
Gráfico com o Mapa e Dados Nacionais 2024
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Em 2024, o Brasil registrou 35.642 homicídios dolosos, uma redução de 5,59% em relação ao ano anterior, segundo dados divulgados nesta semana. A taxa nacional é de 16,77 mortes por 100 mil habitantes, indicando uma leve melhora no cenário da violência. No entanto, por trás da média nacional, escondem-se realidades locais dramáticas, como as das cidades baianas de Ipiaú, com 26 homicídios, e Jequié, com 52, que apresentam taxas de homicídio por 100 mil habitantes muito acima da média nacional.
Ipiaú-BA: Pequena Cidade, Grandes Problemas
Com apenas 42.507 habitantes, Ipiaú, no interior da Bahia, registrou 11 homicídios em 2024. A taxa local chega a 25,8 mortes por 100 mil habitantes, quase 54% superior à média nacional. O número chama atenção não apenas pelo volume absoluto, mas pela desproporção em relação ao tamanho da população. Entre os municípios listados no relatório, Ipiaú aparece ao lado de outras cidades baianas muito maiores, como Canavieiras e Guanambi, todas com 11 vítimas.
Jequié-BA: A Escalada Descontrolada da Violência
Jequié, também na Bahia, enfrenta um cenário ainda mais crítico: 87 homicídios em 2024. Com uma população estimada pelo IBGE em 168.733 pessoas, isso resulta em uma taxa de 52 mortes por 100 mil habitantes — mais que o triplo da média nacional.
Comparação com Grandes Centros Urbanos
Enquanto isso, capitais como Salvador e Rio de Janeiro — embora não listadas no relatório — tendem a apresentar taxas menores em razão de suas populações maiores. Os números chamam atenção, especialmente no caso isolado de Salvador: se a capital baiana, com aproximadamente 2,6 milhões de habitantes, tivesse registrado os 4.205 homicídios contabilizados no estado da Bahia, a taxa seria de 28,3 por 100 mil. No entanto, é provável que a capital tenha uma distribuição desigual, com áreas mais seguras e outras críticas. Já o Rio de Janeiro, que registrou 3.231 homicídios em 2024, tem uma taxa estadual de 19,1 por 100 mil habitantes (população de 17 milhões), abaixo da média nacional.
Como Explicar Estas Disparidades?
Especialistas apontam que a concentração da violência em cidades menores pode estar ligada a fatores como:
- Conflitos territoriais entre facções criminosas e a proliferação das drogas;
- Falta de estrutura e planejamento em segurança pública e políticas sociais;
- Dificuldade de monitoramento ostensivo em regiões com menor estrutura policial;
- Falta de investimento no real desenvolvimento econômico e social.
No Nordeste em geral, muitas pessoas vivem de programas assistenciais, sem emprego e renda, permanecendo meses a fio desocupadas. Essa condição, agravada por uma renda insuficiente para a sobrevivência familiar, tem impulsionado a criminalidade.
“Cabeça e barriga vazias são oficinas do satanás”, arremata um morador da periferia de Salvador.
Enquanto grandes centros urbanos recebem mais recursos federais e estaduais (em volume), municípios do interior muitas vezes ficam à margem dessas ações de real desenvolvimento. Ou seja, calçamento de ruas do tipo “sonrisal”, sem drenagem, não traz necessariamente desenvolvimento local.
Dados Nacionais por Tema e Locais 2024 (quantidades absolutas)
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Ipiaú e Jequié: Casos de Contradição ao Plano Nacional 2024
A queda na média nacional de homicídios é um avanço, mas não reflete a realidade de todas as regiões. Cidades como Ipiaú e Jequié ilustram como a violência se concentra em áreas específicas, exigindo políticas públicas direcionadas. Enquanto o Brasil comemora a redução de 5,59%, é urgente olhar para os “pontos quentes”, onde a guerra contra o crime ainda está longe do fim.
Oximoro Gritante
Ao que parece, quanto mais improdutiva e dependente de programas assistencialistas do governo e de intervenções “mágicas” de políticos caçadores de votos, mais violência e pobreza surgem. Pelo menos é o que apontam os números dessas cidades, onde é cada vez mais comum termos notícias de escândalos envolvendo o desperdício de montanhas de dinheiro público, enquanto a situação geral só piora.
Em especial, Ipiaú tem sido uma cidade dominada por políticos forasteiros, ricos, enquanto a população nativa se torna, proporcionalmente, cada vez mais pobre.
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Os quais usam a mídia local patrocinada e a ação massiva, diuturna, da “infantaria” via Bolsa Zap para sufocar a revelação da real situação vivida por estes municípios. Radialistas, vereadores, blogueiros de aluguel… e gente metida a historiador, colecionadores de moções, certamente entrarão para a verdadeira história como uma das principais desgraças já ocorridas na política da nossa cidade.
Gente gananciosa, egoísta, que só pensa em dinheiro e em viver sem trabalhar necessariamente. Infelizmente. * Redação Ipiaú TV