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Na manhã desta terça-feira (03), a redação do Ipiaú TV recebeu uma grave denúncia sobre a situação do atendimento médico no Hospital Geral de Ipiaú (HGI). Pacientes relataram a frequente ausência de médicos radiologistas e ultrassonografistas, comprometendo a realização de exames essenciais.
Após uma investigação, nossa equipe apurou que o serviço de ultrassonografia no HGI ocorre apenas quando o médico radiologista comparece ao hospital, permanecendo por um curto período para a realização dos exames e logo se retirando. Funcionários e pacientes afirmam que esse padrão tem sido constante, deixando muitos sem atendimento adequado quando necessitam. “Isso sempre existiu. Por isso, quando precisamos, não tem ultrassonografia”, relatou um paciente.
A situação se repete com a urologia. Pacientes afirmam que a especialidade funciona apenas para avaliação, com alguns pacientes chegando a esperar até dois dias para atendimento efetivo. Além disso, há relatos de exames perdidos por falta de transporte adequado.
Uma leitora denunciou também o descaso com gestantes. “As gestantes estão chegando na maternidade e não estão fazendo ultrassom. Eu mesma já fui três vezes com muita dor e nada. Estou na reta final da gravidez e já penso em seguir para a Santa Casa de Jequié”, afirmou.
A reportagem do Ipiaú TV entrou em contato com a assessoria do HGI, que informou que há escala de médicos radiologistas todos os dias, mas não forneceu detalhes sobre a frequência do atendimento.
Histórico de Negligência
Vale lembrar que em dezembro de 2024, véspera de Natal, o HGI foi palco de um caso de negligência médica envolvendo a adolescente Isabelly Souza Barbosa, de 14 anos, moradora do bairro Euclides Neto, em Ipiaú. A jovem, gestante, chegou ao hospital com perda de líquido amniótico e necessitava urgentemente de um ultrassom. O médico obstetra escalado para o plantão deveria estar presente às 14h, mas só chegou às 18h.
A demora foi fatal. Quando o exame finalmente foi realizado, constatou-se a ausência de líquido amniótico e a necessidade de transferência imediata para a Santa Casa de Jequié. Infelizmente, ao chegar à unidade, a pequena Nayla já nasceu sem vida. O caso está sendo analisado pelo Conselho Regional de Medicina, que deverá investigar as condições de atendimento e avaliar se houve erro ou omissão por parte da equipe médica.
A equipe do Ipiaú TV segue acompanhando as denúncias e buscará novos esclarecimentos junto à direção do HGI e órgãos responsáveis.