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A Prefeitura de Ipiaú, através da Secretaria de Desenvolvimento Urbano, causou revolta ao notificar ambulantes que comercializam frutas e verduras na Travessa 2 de Julho, conhecida como “Beco do Wademar” ou ” Beco das Frutas”. A medida, tomada no dia 23 de dezembro de 2024, exige a retirada imediata das barracas que ocupam o local há anos, sob a justificativa de liberar a via para o tráfego de veículos.
Baseada na Lei Complementar nº 1.815, de 6 de abril de 2005, a Prefeitura argumenta que a comercialização na área é irregular e que as barracas estariam obstruindo a calçada. Os ambulantes receberam um prazo de apenas 08 dias para cumprir a determinação, sob pena de multa e apreensão dos seus bens.
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Indignação dos comerciantes
A ação da Prefeitura foi recebida com indignação pelos comerciantes, que afirmam nunca terem sido notificados antes e que dependem das barracas para sustentar suas famílias. “Isso é um golpe contra quem trabalha honestamente. Estamos aqui há anos e nunca fomos incomodados. Agora, somos tratados como criminosos”, desabafou um dos vendedores.
Os comerciantes também denunciam a falta de diálogo por parte da gestão municipal e a ausência de alternativas para realocar suas atividades. Muitos relatam que a medida ameaça diretamente sua sobrevivência financeira, especialmente em um período de festas de fim de ano, quando as vendas costumam ser maiores.
“Se querem nos tirar daqui, que nos ofereçam um lugar digno. Não podem simplesmente mandar retirar as barracas e acabar com o sustento de tantas famílias”, afirmou outro ambulante.
Impacto social e debate
A decisão da Prefeitura reacende o debate sobre a regularização do comércio informal em Ipiaú. Embora a gestão municipal defenda a necessidade de organizar o espaço público, a ação é vista como autoritária por parte da população, que questiona o impacto social e econômico dessa medida.
Para os ambulantes, o trabalho nas ruas é a única alternativa diante da falta de empregos formais. A remoção das barracas não apenas representa a perda de renda, mas também um ataque à história e à cultura local, já que muitos desses comerciantes atuam na região há décadas.
A equipe do Ipiaú TV continuará acompanhando os desdobramentos desse caso e ouvindo as partes envolvidas, reafirmando o compromisso com um jornalismo crítico e independente. * Redação Ipiaú TV