A cidade de Ipiaú, localizada no interior da Bahia, tem surpreendido o Brasil ao se tornar palco para uma manifestação artística inusitada: a ventriloquia. Enquanto muitos podem associar o termo a cenas clássicas de comédia, o ventríloquo Isaque vem mostrando que essa arte é mais que entretenimento; é uma verdadeira forma de vida. Mas calma, não estamos falando de “tramoias” ou fofocas como as histórias da famosa Flavuxa, conhecida por suas trocas estratégicas de bonecas – abandonando a desgastada senhora de rosa pela misteriosa forasteira. Aqui, o destaque é para a criatividade e o talento que têm projetado a arte do Sr. Isaque e seu inseparável parceiro, o boneco Hilário.
O nascimento de um artista e seu boneco
Isaque, morador de Ipiaú, encontrou na ventriloquia uma forma de se conectar com as pessoas e espalhar alegria. Tudo começou como uma brincadeira em eventos locais, mas logo o velho Ilário, com seu humor afiado e carisma, conquistou corações. O boneco, cuidadosamente confeccionado para refletir um personagem de idade avançada e dotado de um senso de humor único, rapidamente se tornou o alter ego de Isaque. “Hilário fala coisas que eu, como Isaque, jamais teria coragem de dizer”, confessa o ventríloquo, rindo.
A ventriloquia como profissão
O que começou como um hobby logo virou uma profissão. Participações em eventos, apresentações em escolas e até lives nas redes sociais trouxeram notoriedade para a dupla. “Nunca imaginei que um boneco poderia me ajudar a sustentar minha família, mas hoje o Hilário é mais que meu companheiro: ele é meu parceiro de trabalho”, diz Isaque. A ventriloquia, embora pouco conhecida no Brasil, tem ganhado espaço, e artistas como Isaque demonstram como a dedicação a um ofício único pode abrir portas. “É preciso prática e paciência. Não é só mexer os lábios: é criar uma história, uma conexão”, explica ele.
Desafios e conquistas
Nem tudo é brincadeira. Isaque enfrenta desafios para manter a arte viva em uma cidade pequena. O apoio da comunidade tem sido crucial, mas ele também aposta em plataformas digitais para alcançar novos públicos. Seu próximo objetivo? Participar de um festival nacional de ventriloquia e mostrar que a arte de Hilário é, de fato, hilária e emocionante.
Ipiaú como celeiro cultural
Mais do que um cenário, Ipiaú tem se mostrado um verdadeiro celeiro de talentos. A cidade, que já se destacou em outras expressões artísticas, agora adiciona a ventriloquia ao seu mosaico cultural. “A arte é nossa voz, e cada vez mais Ipiaú está sendo ouvida”, comenta um entusiasta local.
Há quem use a arte da Ventriloquia para o bem comum, em forma de arte. E distintamente, há quem use como ferramenta política, de enganação do povo, onde o “chefe do executivo” não passe de um(a) figurante da distração, atraindo de forma teatral ensaiada, a atenção paras as formigas enquanto elefantes rosas voam na sala.