O crescimento vertiginoso dos gastos com publicidade nos governos Maria I e II tem levantado suspeitas sobre o papel da mídia local em ocultar problemas estruturais de Ipiaú. A cidade enfrenta desafios econômicos e financeiros críticos, com orçamento limitado para setores essenciais como saúde, educação e infraestrutura. No entanto, ao que parece, a realidade do município está sendo ofuscada por uma narrativa de apoio incondicional da imprensa, que estaria desviando o foco para questões de menor impacto, como críticas à Embasa pela falta d’água ou à Coelba por problemas no fornecimento de energia.
Enquanto isso, os problemas municipais se acumulam: alagamentos frequentes, loteamentos clandestinos, trânsito caótico e ruas esburacadas são apenas alguns exemplos das dificuldades enfrentadas pela população. No entanto, o debate sobre esses temas, fundamentais para a qualidade de vida dos ipiauenses, tem sido escasso, abafado por uma mídia que aparenta estar em sintonia com as altas esferas governamentais.
A Câmara Municipal, por sua vez, também não parece priorizar o enfrentamento dos problemas estruturais da cidade. Sessões são frequentemente ocupadas por pautas simbólicas, como a mudança de nomes de ruas, enquanto discussões críticas, como a aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA), ficam relegadas ao último minuto. A aprovação da LOA – que deveria ser um processo transparente e amplamente debatido – ocorre de forma apressada, sem a devida discussão pública, e levanta questionamentos sobre a independência do legislativo municipal.
O custo das sessões na Câmara também chama atenção. Nos próximos quatro anos, o órgão deve custar cerca de R$ 30 milhões aos cofres públicos, o que equivale a quase R$ 200 mil por sessão. Para muitos cidadãos, esse gasto contrasta fortemente com a aparente ausência de ações que realmente respondam às necessidades da comunidade. A população de Ipiaú, carente de melhorias nas condições de vida, questiona até quando seus interesses serão relegados em detrimento de prioridades políticas e gastos com publicidade que pouco impactam o bem-estar coletivo. ( Ipiaú TV)
1 comentário
Como diria o Chapolin Colorado: Desconfiei desde o princípio.
O rádio-jornalismo de Ipiaú, não apenas é fraco. Pior. É dissimulado. Limitado. E a serviço de grupos políticos exploradores dos recursos e cargos “públicos”.
Quem perde tempo com eles, é porque não deve ter o que fazer.