
A epopeia do Doce Mel/JEC no Campeonato Brasileiro Feminino Série A3 ganha um novo e eletrizante capítulo. Depois de garantir um feito histórico ao conquistar o acesso à Série A2 de 2026, a equipe do interior da Bahia está prestes a encarar um dos maiores desafios de sua trajetória: o poderoso Atlético Piauiense, invicto, temido e favorito absoluto ao título.
O primeiro duelo dessa semifinal de gigantes acontece no próximo domingo, 22 de junho, às 15h, no Estádio Waldomiro Borges, em Jequié — e terá transmissão ao vivo para todo o Brasil pela TV Brasil. A batalha final será no dia 6 de julho, no Estádio Albertão, em Teresina (PI), em meio ao calor da torcida adversária.
Do outro lado do campo, estará o Atlético (PI), um rolo compressor que soma seis vitórias, um empate, 25 gols marcados e apenas seis sofridos. É o único semifinalista ainda vivo também na Copa do Brasil Feminina, onde despachou adversários como Vila Nova (GO) e Ação (MT). Com estrutura profissional, elenco estrelado e uma torcida que pulsa como tambor de guerra, o time piauiense quer o topo — e não mede esforços para isso.
Mas o que seria do futebol sem a ousadia dos que sonham alto?
O Doce Mel/JEC chega como a alma da competição. Com três vitórias, três empates e apenas uma derrota, o time que representa a força do interior baiano já mostrou que não teme gigantes. Foram 10 gols marcados, cinco sofridos — e uma classificação heroica contra o UDA (AL), fora de casa, após uma eliminação dolorosa na Copa do Brasil. Quando todos esperavam a queda, elas se levantaram. E nos pênaltis, selaram a vitória com coragem, suor e lágrimas.
Essas guerreiras, que treinam entre limitações e batalham contra a descrença, estão escrevendo com os pés aquilo que muitos jamais ousaram imaginar: que é possível sonhar, mesmo sem patrocínio milionário, mesmo sem holofotes.
Agora, com o coração batendo forte e a Bahia inteira na torcida, o Doce Mel/JEC entra em campo não apenas por uma vaga na final — mas por respeito, representatividade e pelo grito de milhares de meninas que veem nelas a esperança de um futuro melhor no futebol feminino.
A guerra está prestes a começar. E quem pensa que o interior não tem força, que espere para ver. * Redação Ipiaú TV