
Sob um céu carregado e um campo transformado em lamaçal pelas chuvas, a equipe feminina do Doce Mel/JEC protagonizou um verdadeiro épico do futebol nacional na tarde deste domingo (18/05), ao empatar por 2 a 2 com o Ipojuca (PE), fora de casa, pelas oitavas de final da competição nacional. A partida, que tinha tudo para ser apenas mais um duelo da fase eliminatória, ganhou contornos de drama, injustiça e resistência.
Mesmo longe de casa e enfrentando um gramado digno de filme de guerra – onde cada passe era uma batalha e cada corrida um desafio contra o próprio barro – as guerreiras de Jequié mostraram força e disciplina tática. Os gols baianos foram marcados por Nega e Mile, que não apenas superaram a defesa adversária, mas também os elementos da natureza e as armadilhas de uma arbitragem pra lá de questionável.
O segundo gol do Ipojuca veio de um pênalti polêmico, assinalado após um contato mínimo dentro da área. O lance gerou revolta imediata entre as atletas e membros da comissão técnica do Doce Mel, que viram a vantagem escapar pelas mãos do apito. E a frustração não parou por aí. Já nos acréscimos, quando o time baiano encontrou forças para marcar o que seria o gol da vitória, o árbitro anulou o lance alegando impedimento — decisão que revoltou até mesmo parte da torcida local, que reconheceu o erro.
Mas nem lama, nem chuva, nem erro de arbitragem foram capazes de apagar o brilho da atuação do Doce Mel/JEC. A equipe volta para Jequié com a cabeça erguida, ainda mais determinada a conquistar a vaga nas quartas de final. O jogo decisivo será nesta sexta-feira (23/05), às 15h, no Estádio Waldomiro Borges, onde o torcedor baiano poderá ser o 12º jogador e empurrar o time rumo à classificação.
Com o apoio da arquibancada e sob o olhar atento da torcida, a esperança é que o próximo capítulo dessa jornada seja escrito com justiça, bola na rede e, quem sabe, uma virada digna das grandes histórias do esporte. * Redação Ipiaú TV