
A moradora Cris, residente na Rua Antônio José da Silva, no bairro Aloísio Conrado, em Ipiaú, gravou um vídeo que está repercutindo nas redes sociais. Nas imagens, ela mostra o hidrômetro de sua residência girando rapidamente, como se houvesse consumo de água, mesmo com o registro completamente fechado. Segundo Cris, o equipamento continua marcando consumo por conta da passagem de ar na tubulação.
“Está fechado, mas olha só o que acontece. É só ar, e o registro está desligado. Mesmo assim, o contador está rodando”, afirma a moradora no vídeo. O caso gerou revolta, pois indica que os consumidores podem estar pagando por algo que não estão utilizando: ar comprimido nas tubulações da Embasa.
Esse tipo de situação tem sido uma queixa recorrente entre moradores da cidade, principalmente em períodos de manutenção ou interrupção no fornecimento de água. Quando o abastecimento é retomado, é comum que a pressão empurre bolsas de ar pelas redes, fazendo com que o hidrômetro gire como se fosse água. O problema é que esse “consumo fantasma” é contabilizado na conta do consumidor.
Projeto de Lei aprovado garante direito à instalação de válvula eliminadora de ar
Recentemente, a Câmara de Vereadores de Ipiaú aprovou um Projeto de Lei que autoriza os moradores a instalarem a chamada válvula eliminadora de ar nos hidrômetros residenciais. O dispositivo tem como objetivo impedir que o ar presente nas tubulações seja contabilizado como consumo de água.
Antes da aprovação do projeto, a Embasa — empresa responsável pelo fornecimento de água no município — não permitia a instalação dessas válvulas, alegando que poderiam interferir na medição. Com a nova lei, os consumidores agora têm respaldo legal para instalar o equipamento, buscando mais justiça na cobrança pelo serviço.
O caso da moradora Cris reforça a importância da regulamentação e fiscalização do fornecimento de água. Enquanto isso, a população segue arcando com valores que muitas vezes não correspondem ao consumo real.
A reportagem tentou contato com a Embasa para um posicionamento sobre o vídeo e a nova legislação, mas até o fechamento desta matéria não obteve retorno. * Redação Ipiaú TV