
Na manhã desta sexta-feira (25), comerciantes da Avenida Getúlio Vargas, em Ipiaú, protestaram contra uma obra da Coelba que prevê a instalação de um poste com gerador em frente a o CAPE. Segundo os manifestantes, a obra está sendo realizada sem aviso prévio à maioria dos comerciantes da região, que afirmam ter sido surpreendidos com o desligamento programado de energia elétrica.
De acordo com Nelson, proprietário da ZVR, a Coelba comunicou apenas as escolas da região sobre a interrupção no fornecimento de energia, programada para ocorrer entre às 10h e 16h.
“Nós, comerciantes, não fomos avisados. Eu dependo da energia para entregar os pedidos. Tenho compromisso com meus clientes. Se faltar energia e o cliente desistir, quem vai arcar com o prejuízo? A Coelba vai pagar?”, questionou.
A principal reclamação é sobre a falta de diálogo da concessionária com os comerciantes.
“Aqui é uma zona comercial, quase não tem residência. Por que não fazem esse serviço no domingo ou no sábado à tarde? A gente não pode parar nem um dia”, criticou um dos empresários.

Bruno, do Francis Lanches, também se mostrou revoltado.
“Preciso da energia para esquentar os alimentos. É uma falta de respeito com quem trabalha.”
Já Ioná, do Shopping das Rações, afirmou que mantém vacinas armazenadas em freezer e teme perdas irreparáveis.
“Meus produtos são perecíveis. Não posso ficar nem uma hora sem energia. Como vou ficar oito horas?”, desabafou.
No Ponto da Costura, Adelício relatou que depende do sistema para consultar os preços dos produtos.
“Tenho milhares de itens pequenos. Sem energia, não tem como trabalhar. Vou ter que fechar a loja.”
Fábio, da Uni Shopping, também criticou a ausência de notificação. Segundo ele, foi informado que haveria uma obra, mas não a data exata.
O proprietário da Cobap, oficina localizada na avenida, relatou que estava com um carro no elevador no momento da interrupção.
“Se a energia cair, o carro fica suspenso. O prejuízo e a culpa ficam para mim. E ninguém nos avisou.”
Diante da insatisfação, os comerciantes se mobilizaram e impediram a continuidade do serviço. Os trabalhadores da Coelba permanecem no local, aguardando a chegada do responsável técnico para tentar negociar uma solução.
Os comerciantes cobram respeito, diálogo e uma nova data para a realização da obra, que não comprometa o funcionamento do comércio local. Até o momento, a Coelba não se pronunciou oficialmente sobre a paralisação. * Redação Ipiaú TV