
A equipe feminina do Doce Mel/JEC está prestes a viver uma semana histórica. Serão três batalhas em sete dias, todas de caráter eliminatório, em duas das principais competições do país: o Campeonato Brasileiro Feminino Série A3 e a Copa do Brasil Feminina. Mais do que jogos, são verdadeiras finais que exigirão coração, resistência e coragem do time de Jequié.
A maratona começa nesta sexta-feira (06/06), às 15h, no Estádio Waldomiro Borges, onde o Doce Mel recebe a forte equipe da UDA (AL), pelas quartas de final da Série A3. O duelo de volta está marcado para sexta-feira, 13 de junho, em Maceió.
Mas entre esses dois confrontos, a equipe baiana ainda enfrentará um gigante do Sudeste: o Pinda Ferroviária (SP), na próxima segunda-feira (09/06), também no Waldomirão, valendo vaga na próxima fase da Copa do Brasil.
UDA: tradição e sangue nos olhos pelo acesso
A Universidade Desportiva Alagoana não é apenas uma adversária — é uma potência. Ocupa a 24ª posição no ranking da CBF, é multicampeã estadual e já esteve nas divisões superiores do futebol brasileiro. Após cair nos pênaltis para o Curitiba na Copa do Brasil, a UDA agora canaliza todas as suas forças para um único objetivo: subir para a Série A2. E para isso, terá que encarar a força do interior baiano.
Pinda Ferroviária: a força do eixo mais competitivo do Brasil
O segundo desafio da semana será diante do Pinda Ferroviária, time paulista que representa um dos polos mais estruturados do futebol feminino no país. Mesmo sem avançar na Série A3 — onde enfrentou o temido “grupo da morte” — o Pinda chega embalado na Copa do Brasil, com um elenco profissional e espírito de decisão. Mais uma pedreira no caminho do Doce Mel.
Desafios além das quatro linhas: lesões, rotina dupla e superação
Enquanto as adversárias vivem realidades mais estruturadas e foco exclusivo em uma competição, o Doce Mel encara uma sequência desgastante e heroica. Além da carga física dos jogos em sequência, o time pode ter desfalques importantes como Nega e Ruiva, que se recuperam de lesão.
E há ainda uma característica única e comovente neste grupo: muitas atletas conciliam treinos com trabalho. Gaby, Ju, Alexia, Bate Pé, Manu e Alana são exemplos de guerreiras que, mesmo com jornadas duplas, seguem firmes, defendendo com orgulho as cores do clube. É a realidade do futebol feminino brasileiro — e o Doce Mel transforma essa realidade em inspiração e resistência.
Um feito digno de aplausos nacionais
Mesmo diante de tantos obstáculos, o Doce Mel/JEC vem fazendo história. Das 32 equipes que iniciaram a Série A3, apenas cinco seguem vivas em duas grandes competições. O clube de Jequié é uma delas.
A trajetória da equipe é um grito de resistência e esperança para o futebol feminino no interior do Brasil. Com trabalho sério da comissão técnica, garra das atletas e o apoio da torcida, o Doce Mel mostra que é possível sonhar alto — e realizar.
O desafio é enorme. Mas o espírito do grupo é ainda maior. Nesta semana decisiva, Jequié será palco de uma das histórias mais emocionantes do futebol feminino nacional. E independentemente do placar, o Doce Mel/JEC já é gigante. * Redação Ipiaú TV