
O presidente do PL na Bahia, João Roma, reacendeu os ânimos do cenário político estadual ao reafirmar sua pré-candidatura ao governo da Bahia e lançar duras críticas à atual gestão estadual e federal, ambas comandadas pelo PT. Em entrevista à rádio Antena 1, no programa Bahia Notícias no Ar, Roma não economizou nas palavras ao denunciar o que classificou como um modelo falido de administração pública, marcado por impostos sufocantes e promessas vazias.
“Não há como a Bahia crescer com esse governo que insiste em meter a mão no bolso do contribuinte. É impossível atrair investimentos quando o Estado trata o empresário como inimigo. Essa sanha arrecadatória tem que acabar”, disparou.
Apesar do rompimento com ACM Neto (União Brasil) na eleição passada, Roma deixou a porta entreaberta para uma reaproximação com o ex-prefeito de Salvador, caso haja um consenso de que o “verdadeiro adversário” é o PT. “O PT faz bonitas propagandas, mas não entrega o que promete. E se for necessário unir forças com Neto para derrotar esse projeto de poder ultrapassado, não vejo nenhum problema. Já passou da hora de parar com as birras”, provocou.
O ex-ministro da Cidadania não poupou nem o governo Lula. Apontando uma “ausência constrangedora” de ações federais na Bahia, Roma ironizou: “Nem parece que temos um baiano como ministro da Casa Civil. Os gargalos seguem sem solução. O governo federal virou um grande gerador de discursos, mas não de resultados.”
Alinhado ao ex-presidente Jair Bolsonaro, Roma reafirmou seu compromisso com a direita nacional e defendeu uma frente conservadora contra o “modelo petista de ilusão”. “Bolsonaro continua sendo o maior líder popular da direita. Ele é quem arrasta multidões e desperta esperança. Eu sigo com ele, até onde ele for”, afirmou.
Roma também mencionou articulações com nomes como Ronaldo Caiado (Goiás) e Ratinho Júnior (Paraná), que, segundo ele, integram um “caldo cultural” alternativo ao que chama de hegemonia petista. “A Bahia precisa acordar. A população precisa entender por que sua vida não melhora. A mudança começa com a consciência.”
Por fim, disparou contra a política econômica do governo Lula, classificando os juros altos como uma “agressão” à população. “Com quase 15% de Selic, o Brasil está afundando. E o governo, ao invés de cortar gastos, continua ampliando o Estado. Isso é insustentável.”
Em tom de ultimato, João Roma mandou o recado: está disposto a dialogar, mas não abrirá mão do objetivo principal — enterrar de vez o projeto petista na Bahia. “A Bahia não pode mais perder tempo com governos que vivem de promessas. O bom é inimigo do ótimo. Está na hora de virar a chave.”