
O Censo Escolar 2024, divulgado pelo Inep em fevereiro, revelou que em 22 municípios do interior da Bahia a maioria dos professores atua sem diploma de licenciatura ou bacharelado. Em algumas cidades, como Jitaúna (67,1%) e Xique-Xique (62,9%), os índices superam 60%.
Embora muitos desses profissionais tenham formação em cursos de Magistério, de nível médio, a atuação sem graduação específica é ilegal segundo a legislação educacional brasileira. A situação é ainda mais grave nas zonas rurais: 29,2% dos docentes não possuem ensino superior, contra 16,3% nas áreas urbanas.
Nas disciplinas principais, como Matemática, Ciências e Português, cerca de 20% dos professores atuam sem diploma universitário. Apesar de avanços na última década, houve estagnação recente em áreas como História e Sociologia.
Algumas prefeituras, como as de Ibicuí e Caturama, contestaram os dados ou atribuíram os números a gestões anteriores. Já a Prefeitura de Fátima reconheceu as dificuldades, mas destacou investimentos em formação e incentivo à carreira docente.
Mesmo com ações locais, o cenário aponta para a urgência de políticas públicas que garantam a formação adequada de professores na Bahia.
Com informações do Bahia Notícias.