
Em entrevista explosiva ao podcast De Frente com a Fera, mediado por Fau Ferreira, o vereador Robson Moreira (União Brasil) revelou bastidores quentes da política ipiauense, reacendendo os debates sobre o suposto alinhamento do grupo G7 com o governo da prefeita Laryssa Dias (PP).
Robson, que já presidiu a Câmara de Ipiaú em dois biênios distintos, fez questão de diferenciar oposição e atuação legislativa. “Ser oposição é uma coisa, ser legislador é outra. Fiz oposição com responsabilidade. Nos dois primeiros anos estive com a ex-prefeita Maria, defendi seus projetos, mas no segundo mandato como presidente já não havia mais diálogo. A relação estava desgastada. Maria não sabia separar os papéis. Eu era presidente do Legislativo e ela, do Executivo”, afirmou.
O vereador criticou duramente a postura da ex-prefeita, destacando a ausência de diálogo como principal falha. “Maria nunca foi de sentar e conversar. Queria impor. Nosso mandato foi democrático, nunca perseguidor.”
Sobre Laryssa, um novo tom
Ao comentar a atual gestão, Robson adotou um tom diferente. “A prefeita Laryssa tem essa qualidade: sabe dialogar. Em momento nenhum cogitei me reunir com ela individualmente, mas participo de um grupo de sete vereadores, o G7, que sempre foi unido e que elegeu Edson como presidente da Câmara, mesmo enfrentando toda a força da máquina pública.”
Ele esclareceu que o grupo G7, ao contrário do que circula nos bastidores, não é oficialmente da base da prefeita, mas admite que parte do grupo apoiou Laryssa nas eleições. “Quatro dos sete vereadores votaram nela: Beto Costa, Cristiano (ambos do PP), o presidente Edson (Avante) e Lucas de Vavá (PSD). Isso é público, tem vídeo, todo mundo viu. Agora, buscamos diálogo, mas juntos. O diálogo não significa submissão.”
Alinhamento ou articulação?
Robson negou que esteja “indo para a base da prefeita”, como rumores indicavam, mas confirmou que o G7 tem mantido conversas com o Executivo. “Desde dezembro de 2024 houve um rompimento, e todo mundo sabe por quê. Mas agora há disposição de diálogo. Isso não é traição ou mudança de lado. Isso é política com inteligência. O que não posso ser é uma oposição burra. Temos que entender a dinâmica do governo e agir de forma estratégica.”
Para Robson, a diferença entre as gestões está na abertura para o entendimento. “Laryssa sabe escutar, algo que Maria nunca fez. Política é isso: sentar, conversar, ouvir quem pensa diferente. Fomos eleitos para representar o povo, não para travar a cidade.”
E está no União Brasil e apoia Alipinho
“A eleição municipal foi ano passado. Estamos agora no primeiro ano, nos 100 primeiros dias da prefeita Laryssa. Só vamos ter eleição municipal novamente em 2028. Não tem eleição agora.”
“Se as eleições fosse agora, eu estaria com Alipinho da Doce Mel, com Rodrigo Machado. Eu sou do União Brasil, sou vereador e filiado ao União Brasil. Para quem não sabe, fui presidente do partido — que antes era PFL, depois Democratas — por 20 anos.”
“Não estou no partido só agora. Só saí por um mandato, numa eleição, quando fui para o PP porque não concordava com o candidato do meu partido.”
As declarações de Robson Moreira devem repercutir fortemente entre os aliados e adversários da prefeita, reconfigurando as leituras sobre os próximos movimentos do grupo G7, que segue no centro das articulações políticas da cidade. * Redação Ipiaú TV