
Um levantamento das despesas realizadas nos últimos anos pela Prefeitura de Ipiaú, por meio da Secretaria de Cultura, revelou contrastes gritantes entre os gastos com festas populares e os investimentos na Agricultura. A análise comparativa evidencia uma disparidade entre o planejado e o executado, prejudicando áreas essenciais ao desenvolvimento econômico da cidade.
Entre 2021 e 2024, os gastos com Cultura ficaram muito acima do previsto, enquanto a Agricultura sofreu cortes sucessivos nos já escassos recursos destinados a essa área fundamental para a economia local. Apenas entre 2021 e 2025, a prefeitura deverá destinar cerca de R$ 20 milhões (valores atualizados pelo IPCA) para festas populares.
Os dados levantam reflexões preocupantes sobre as reais prioridades da gestão pública e a eficiência na alocação de recursos orçamentários. Esse cenário se agrava ainda mais diante da persistente crise da economia cacaueira na região, praticamente dizimada pela Vassoura-de-Bruxa.

Cultura: Gastos Exorbitantes em Festas Populares Extrapolam Sucessivamente o “Planejado”
A área da cultura destacou-se pelos significativos aumentos nos gastos executados em comparação ao previsto. Em 2022, enquanto o orçamento previa R$ 632 mil, os gastos alcançaram R$ 3,35 milhões, um salto de 530%. A tendência continuou em 2023, quando o previsto de R$ 2,7 milhões foi superado pelos R$ 5,82 milhões realizados, resultando em um aumento de 215%. Em 2024, os gastos chegaram a R$ 12,86 milhões, extrapolando em 335% o valor planejado de R$ 3,84 milhões.

Aqui fica a pergunta: Dá para levar a sério a tal Secretaria de Planejamento e ADM, a qual, somente em 2025, está previsto nos custar R$ 4.359.500,00? O único ano em que os gastos culturais ficaram supostamente abaixo do previsto, foi 2021, com R$ 374 mil executados diante dos R$ 815,5 mil previstos, o que teria sido uma redução de 54%. No entanto, é bom lembrar, que até 2021, a prefeitura bancava as festas populares, com recursos malandramente misturados aos recursos da Secretaria de “Educação”. Para 2025, o orçamento destinado inicialmente a secretaria de cultura, é de R$ 9,51 milhões, mas a execução ainda não foi divulgada.Atendenciaprovável, é que mais uma vez extrapole ainda mais o recorde alcançado em 2024, que

NOTA ACERCA DO GRÁFICO ACIMA:A barra em laranja (gastos com a agricultura) , não dá nem para se perceber visivelmente no gráfico. Uma piada de muito mal gosto, se não fosse caso de uma triste verdade.
Agricultura: Recursos Subutilizados em Meio à Crise Regional
Na contramão, os investimentos em Agricultura ficaram sistematicamente abaixo do orçamento previsto. Em 2022, dos R$ 81 mil previstos, somente R$ 1.856,67 foram gastos (-98%). A grave situação se repetiu em 2023, quando apenas R$ 37.493,56 dos R$ 110 mil destinados foram utilizados (-66%). Em 2024, a execução foi de R$ 15.932,52 (quinze mil reais) frente a R$ 120,6 mil planejados (-87%). Em 2021, não houve previsão ou execução orçamentária na área.
Surpreendentemente, o orçamento de 2025 destina R$ 5,21 milhõespara aSecretaria de Agricultura, mas a falta de execução consistente no passado reforça as preocupações e dúvidas quanto à real aplicação, no fim e ao cabo. Esses valores são especialmente sensíveis diante da crise do cacau, e da baixa produção econômica local, iniciada com a praga da Vassoura de Bruxa na década de 1990, que devastou as lavouras e continua impactando a economia regional.
Orçamento 2025 da Secretaria de Agricultura em Foco
A pergunta que fica é: senhores vereadores, cacauicultores e demais interessados, vocês vão vigiar a execução desses surpreendentes recursos alocados na LOA-2025 para a pasta da Agricultura, ou vão mais uma vez ficar de braços atados comendo mosca tal qual nos anos anteriores, enquanto a Fantasma Loura, continua a comandar tudo distante, remota e veladamente?
A atuação da Secretaria de Agricultura tem sido questionada pela falta de impacto prático no enfrentamento da crise agrícola ipiauense. Embora o orçamento de 2025 seja visto como uma oportunidade, ele precisará de rigorosa supervisão pela sociedade civil para garantir que os valores sejam aplicados com transparência e eficácia.
Implicações e Desafios
Os dados evidenciam prioridades distintas da gestão: enquanto a Cultura recebe crescentes investimentos devido ao impacto político-eleitoral em eventos populares, a Agricultura luta para superar entraves como falta de planejamento, dificuldades técnicas e crise econômica histórica. Uma gestão mais equilibrada e eficiente pode ser essencial para o desenvolvimento sustentável da economia e o desenvolvimento de Ipiaú, com foco em políticas públicas que de fato revitalizem a agricultura e diversifiquem e restabeleça a economia local.

Diante do silêncio dos cacauicultores-mudos, e da farra midiática marqueteira sufocante, da mídia de aluguel, resta relembrar o velho adágio adaptado ao caso concreto: – Em terra de cego, que tem um olho… não passa de caolho.
Fica a pergunta: Quanto se tem gasto anualmente em diárias de hotéis, passagens de avião, ingresso em Congresso e Seminários distantes, veículos de passeio a disposição,combustíveis e manutenções… para os gestores desta pasta falsamente denominada Secretaria de Agricultura Municipal? O que de fato estão fazendo aí? Desejam ainda que lhe conservemos respeito?
Enquanto isso, o mundo lucra de forma exorbitante com a produção de chocolates fakes (predominantemente, açúcar, gordura vegetal, embalagens e peças fantasia de marketing) do que de fato pasta de cacau.
Abaixo o caso de sucesso do Alexandre Tadeu da Costa, conhecido como Alê Costa, nasceu em São Paulo em 1971 e se tornou uma figura de destaque no empreendedorismo brasileiro como fundador da Cacau Show, uma rede de chocolates finos. Sua jornada começou aos 17 anos, quando decidiu vender chocolates na vizinhança como forma de gerar sua própria renda. Vendendo produtos em padarias e supermercados da Zona Oeste de São Paulo, Alê deu os primeiros passos rumo ao sucesso.
Em 1988, recebeu uma grande encomenda de 2 mil ovos de Páscoa de 50g e, com um empréstimo de US$ 500 de um tio, conseguiu atender o pedido e obter lucro suficiente para dar continuidade ao negócio. Esse foi o início do que se tornaria a Cacau Show, cuja primeira loja física foi inaugurada em 2001, também em São Paulo, terra em que não tem tradição do cultivo do cacau.
Reconhecido por seu impacto social e por inspirar empreendedores em todo o Brasil, Alê Costa alcançou projeção internacional ao ser eleito o Empreendedor do Ano em 2011 pela Ernst & Young Terco, em um evento realizado no Principado de Mônaco. Sua história é um exemplo de determinação e inovação que serve como referência para empresários de diversas áreas.
Agora Alê lança seu mais novo projeto multibilionário na cidade de Itu-SP. Veja no vídeos abaixo, o avanço da execução do mega projeto que tem como tema central o “cacau na produção do chocolate”.