
Na noite da última quinta-feira (27), a Liga Desportiva de Ipiaú promoveu a eleição para a nova diretoria em um evento realizado na sede da entidade, localizada no Estádio Municipal Pedro Caetano. Apesar da aparente tranquilidade do processo, bastidores conturbados e a insatisfação da oposição lançam dúvidas sobre a lisura do pleito.
Sem concorrência, a chapa “Unidos pelo Esporte” foi eleita por aclamação, garantindo a continuidade da atual gestão por mais um mandato. A diretoria reeleita tem Amilton Brito de França como presidente, Danilo Silva Almeida como 1º vice-presidente e Gilberto Calixto Marques como 2º vice-presidente. O novo mandato se estenderá até fevereiro de 2029.

No entanto, a disputa não se limitou à escolha dos dirigentes. Representantes da chapa de oposição compareceram ao local acompanhados de um advogado e protocolaram um pedido de impugnação da eleição, alegando irregularidades no processo. O pedido foi feito por Antônio Carlos dos Santos e colocado em discussão assim que a sessão foi iniciada. No entanto, a Comissão Eleitoral, composta por Manoel Queiroz dos Santos (presidente), Robson de Andrade Cardoso (1º secretário) e Odeilton Barbosa Bastos (2º secretário), rejeitou a solicitação e deu prosseguimento à votação.

A legitimidade da eleição, no entanto, está sendo amplamente questionada. A oposição denuncia que os clubes Independente, Fluminense, Baixada e Botafogo foram impedidos de votar, enquanto o Fortaleza Esporte Clube, supostamente sem participação no último campeonato de 2023, teve direito a voto. De acordo com Edézio, um dos principais críticos da atual gestão, há inconsistências nas justificativas dadas pela Liga para permitir a votação de um clube e vetar outros. Ele alega que há provas em postagens oficiais da própria Liga que contradizem as decisões tomadas.

“Nosso intuito é garantir que Botafogo, Independente, Baixada e Fluminense tenham o mesmo direito que foi concedido ao Fortaleza. Temos provas de que o Fortaleza não participou do último campeonato e, mesmo assim, votou. Se abriram brecha para ele, também devem abrir para os demais. Vamos levar essa batalha para a justiça depois do Carnaval”, afirmou Edézio em um programa de rádio local.
A contestação promete movimentar o cenário esportivo de Ipiaú nos próximos meses, com desdobramentos que podem alterar os rumos da gestão da Liga Desportiva. A grande questão que fica é: houve favorecimento na seleção dos clubes aptos a votar? A oposição conseguirá reverter o resultado na justiça? O caso segue em aberto e pode resultar em uma nova batalha nos tribunais. * Redação Ipiaú TV