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A mobilidade urbana de Ipiaú tem sido tema de intensas discussões entre moradores e comerciantes da cidade, além de visitantes que frequentam o comércio local. A falta de espaço para estacionamento no centro tem levado a situações de irregularidade e transtorno para pedestres e motoristas.
Uma leitora do Ipiaú TV enviou imagens que expõem o problema na Travessa Dois de Julho, um beco que dá acesso à Rua Castro Alves e à Rua Dois de Julho. Nas fotos, é possível ver motocicletas estacionadas sobre a calçada, impedindo a passagem de pedestres. “Olha a situação! As motos estão em cima da calçada, não tem como andar no passeio”, relatou a leitora indignada.
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Outro problema apontado são os comerciantes que marcam vagas para estacionar seus próprios veículos, agravando ainda mais a disputa por espaço. Em entrevista a uma emissora de rádio local, o diretor de Trânsito e Transporte do Município, Antônio Carlos Itaibó, comentou sobre a possibilidade de implantação do sistema pago de estacionamento no centro da cidade, nos moldes do que ocorre em Jequié, a chamada “zona azul”. A proposta, no entanto, divide opiniões.
“A população deveria ser ouvida antes de qualquer decisão. Em um momento de crise econômica, não é oportuno impor mais essa despesa aos contribuintes”, afirmou um leitor do Ipiaú TV. Outra sugestão apresentada é a utilização de espaços subaproveitados para ampliar a oferta de estacionamento. “Temos aquela rua à margem do Rio de Contas, atrás da Caixa Econômica, e também a Rua Mariquinha Borges, que poderiam abrigar várias vagas. Basta que sejam devidamente limpas e iluminadas. Além disso, a Rua das Frutas, conhecida como Beco de Valdemar, poderia virar um estacionamento de motos, liberando espaço na Dois de Julho”, sugeriu outro leitor.
Os privilégios concedidos a algumas empresas também foram alvo de críticas. “Por que empresas de revenda de cacau têm espaço exclusivo para estacionamento? Na Praça do Brasil, na Rua Moisés Santos e na Castro Alves, isso também acontece. Por que não determinar horários específicos para carga e descarga e transformar esses espaços em estacionamento público?”, questionou um morador.
Outro ponto abordado foi a acessibilidade na Praça Rui Barbosa. Segundo denunciantes, há três rampas para cadeirantes instaladas de forma irregular, fora das faixas de pedestre. “Antes de cobrar ainda mais da população, por que não fazem um estudo detalhado do trânsito e corrigem esses problemas estruturais?”, finalizou um leitor.
Enquanto a discussão segue acalorada, a população de Ipiaú aguarda medidas eficazes que conciliem organização, acessibilidade e o direito de ir e vir sem onerar ainda mais os cidadãos. * Redação Ipiaú TV