
A Concentração de Recursos e o Velho Enigma das Inexplicáveis Prioridades Orçamentárias do Grupo Político que Continua a Comandar a Prefeitura de Ipiaú
Mal começou 2025, e os mistérios do orçamento público municipal já surgiram. Em Ipiaú-BA, tudo segue como antes, na terra dos gigantes (forasteiros). A “Educação e a Saúde” continuam, como de costume, sendo apresentadas como as estrelas do show, concentrando nada menos que 63% de todo o orçamento anual. Não surpreende que, juntos, esses setores “mágicos” tenham consumido cerca de R$ 122 milhões em 2024 (equivalente a quatro safras de receita bruta anual de cacau) e, em 2025, tenham recebido um incremento de mais R$ 9 milhões em relação ao ano anterior.

Certamente, alguém pode acreditar que esse aumento seria a cura de todos os males da derrocada da cacauicultura. Contudo, o enigma permanece: os recursos estão efetivamente sendo aplicados nas “salas de aula e postos de saúde” ou a concentração deles na folha de pagamento dessas duas pastas está escondendo algo, como um “biribiri” voando por aí?
Afinal, em 2024, a folha de pagamento estava abarrotada, com cerca de 235 estagiários, 208 comissionados, 360 professores (a maioria temporários, selecionados sem concurso público) e outros servidores, totalizando 1.439 pessoas. Além disso, havia o reforço de 485 trabalhadores terceirizados. Ou seja, cerca de 40% das famílias da cidade tinham algum parente vinculado à folha de pagamento da prefeitura.
Pasmem: mesmo estando de férias desde meados de novembro de 2024 até meados de março de 2025, em dezembro de 2024, houve professores com vencimentos totais de R$ 32.457,52. Esse aumento dos valores unitários nos salários dos professores, combinado com a contratação excessiva de temporários, foi responsável por elevar significativamente a média salarial geral na folha de pagamento.
As áreas administrativas — como Planejamento, Finanças e Controle — concentram o maior número de cargos comissionados, como diretores, assessores e estagiários. Esse fato parece “correlacionado” com a desobediência da base aliada na Câmara e as exonerações reativas que se seguiram.
Em resumo, somando a “mão de obra” terceirizada e os servidores diretamente ligados à prefeitura, o governo de Maria inchou a folha de pagamento em cerca de 930 pessoas, praticamente triplicando os gastos brutos. Como mostra o gráfico abaixo, conclui-se que os cofres públicos municipais provavelmente financiaram as campanhas políticas, já que, em muitos lares, 4 em cada 10 famílias tinham alguém vinculado à folha de pagamento da viúva. Essa situação levanta suspeitas sobre as unanimidades nas votações da Câmara.
Vale lembrar que os verdadeiros financiadores desse cenário são os contribuintes que pagaram seus impostos embutidos nos preços de bens e serviços e não receberam nada em troca, arcando, no final das contas, com a farra.

A previsão com gastos com pessoal, em 2025, já partiu com uma previsão de R$ 99.602.000,00. Parece que os R$ 400 reais aí faltantes para completar os 100, teria sido apenas uma promoção do tipo 99,90 para não passar os alarmantes R$ 100 milhões de “gastos com pessoal”.
Enquanto isso, áreas como Agricultura foram agraciadas com a “generosa” quantia de R$ 0,24 milhões, o que equivale a gloriosos 0,1% do orçamento. A pergunta que surge é: cadê as promessas eleitoreiras do Plano de Governo, que previam investimento na recuperação da lavoura cacaueira? Talvez a ideia seja fazer mágica com sementes, já que parece impossível cultivar algo com tão pouco recurso. Quem sabe os agricultores de Ipiaú deveriam mesmo buscar inspiração em contos de fadas, onde feijões mágicos crescem até o céu?

A respeito do relatório mensal acima, cabe ressaltar, que se trata de outros serviços de terceirização de mão de obra, além do escopo principal tradicional da:Transloc, D.M. e Thacio. Com 104 agentes de portaria e 25 motoristas… (ninguém sabe dizer onde ou para que), além dos temporários e efetivos da própria prefeitura… parece que estamos mesmo num filme de desenho da corrida maluca, ou, em filme de ação dos Power Rangers. Sim, tudo parece uma grande fantasia, visto que na folha de pagamento da prefeitura até há pouco, tinha mais de 1.430 servidores, e ainda mais esse exército de 485 terceirizados? Quem poderá nos salvar?

As pastas, de Administração e o Urbanismo não ficam muito atrás, recebendo 10% e 6% respectivamente. Aparentemente, para manter a cidade se arrastando com intermináveis obras sem drenagem (uma enxurrada de obra ou de chuva)é,portanto, um desafio menor comparado ao esforço da Folha de Pagamento das áreas rainhas. A Assistência Social, com seus 5%, deve continuar tendo uma atuação silenciosa, com a farra das 4.000 Cestas Básicas tipo caipora – Somem e aprecem só paraalguns iluminados, enfeitiçados.
E não vamos esquecer a Gestão Ambiental, agraciada com espetaculares 0,03% do orçamento. Será que o meio ambiente de Ipiaú precisa apenas de um toque de mágica baby, para se manter auto sustentável?

Em resumo, enquanto alguns setores recebem rios de dinheiro, outros parecem sobreviver à base de contos de fada e toques de mágica, num jogo de passa tempo. Este é um importante chamado coletivo, tempestivo, para refletirmos sobre as verdadeiras necessidades da população como um todo harmônico, socioeconômico, e, quem sabe, resulte em melhor distribuiçãodos recursos públicos de forma mais equilibrada e equânime.
Afinal, uma cidade bem-sucedida não depende apenas de uma Folha de Pagamento recheada de professores, médicos, psicólogos, enfermeiras, diretores e assessores disso e daquilo…, mas sim, de um conjunto de verdadeiros profissionais, atuantes de forma harmoniosa que precisam ser igualmente valorizados, tal qual um esquecido pedreiro, coveiro e tantos outros profissionais que prestam árduos serviços aos cidadãos ipiauenses. * Redação Ipiaú TV