Que o vereador Lucas de Vavá (PSD) adora uma polêmica, ninguém discorda. Mas desta vez, ele conseguiu se superar e virar meme – de novo! O famoso “vereador do biri biri” ganhou um novo apelido: agora é o “vereador cagão”. E, olha, o título vem com contexto e história dignos de novela.
Tudo começou na polêmica sessão da Câmara Municipal de Ipiaú no dia 1º de janeiro de 2025. A vereadora Andreia Novaes (Avante) foi eleita presidente para o biênio 2025-2026, com direito a muitos protestos, gritaria e acusações de irregularidades. Para apimentar ainda mais o enredo, a Justiça da Bahia, através da Vara Recesso Cível de Ipiaú, decidiu suspender os efeitos da eleição após um mandado de segurança. Isso deixou o clima mais pesado que feijoada em dia quente.
Mas o tempero especial desta história veio quando o marido da vereadora eleita, o ex-vereador São Jorge, resolveu desafiar os opositores. “Se os sete vereadores conseguirem reverter isso, eu como bosta!” – disse ele, com toda a elegância de quem vive a política no calor das emoções.
E foi aí que o vereador Lucas de Vavá decidiu transformar palavras em memes. Ele anunciou que estava há três dias sem… digamos, “ir ao trono”, com a nobre intenção de juntar material suficiente para entregar ao ex-vereador cumprir sua promessa gastronômica. Para coroar o momento, Lucas compartilhou nas redes sociais uma foto dele mesmo, fazendo gestos sugestivos, com um balde ao lado, insinuando que estava trabalhando na “produção” da encomenda especial.
O resultado? Viralizou! Internautas se dividiram entre gargalhadas, indignação e perplexidade com o nível da discussão. Os memes surgiram como pipoca no óleo quente: “Biri biri Delivery”, “Balde da Democracia” e até “Câmara Municipal: agora também com buffet”.
Apesar do tom humorístico, a situação levanta questões sérias sobre a imagem da política local e o comportamento de seus representantes. Afinal, até onde vai a liberdade de expressão (ou de criação, no caso de Lucas) no ambiente político?
O que diz a lei?
Para quem está se perguntando se esse tipo de comportamento pode ter consequências legais, é importante lembrar do artigo 85 do Regimento Interno da Câmara de Vereadores de Ipiaú e do Código de Ética Parlamentar. Ambos tratam da “conduta incompatível com o decoro parlamentar”, o que inclui ações que comprometam a dignidade do cargo ou exponham a Câmara ao ridículo. Se algum colega ou cidadão decidir representar contra Lucas, ele pode ser submetido a uma advertência formal, ou até a um processo de cassação (embora isso seja improvável).
Além disso, dependendo da interpretação, as declarações podem ser enquadradas no artigo 140 do Código Penal Brasileiro, que trata de injúria, caso algum dos envolvidos se sinta ofendido e resolva acionar a Justiça.
Por enquanto, o episódio segue como mais um capítulo surreal da política ipiauense, mostrando que, quando se trata de criatividade e polêmicas, nossa classe política dá um verdadeiro show – mesmo que o palco seja um balde.