![](https://i0.wp.com/ipiautv.com.br/wp-content/uploads/2024/12/lary.jpg?resize=550%2C384&ssl=1)
Sob o Aspecto “Pessoal”:
A prefeita-enfermeira eleita de Ipiaú, Laryssa Andrade Santos Fernandes Dias, enfrenta a árdua tarefa de gerir o destino de Ipiaú nos próximos quatro anos. Sendo 2025 um ano preanunciado como um dos mais difíceis para a gestão pública municipal, a pressão sobre sua administração será intensa.
Vinda de Ribeira do Pombal-BA, sob o ponto de vista das relações e sustentações políticas, a jovem Laryssa é uma novata na cidade e teve uma performance mais midiática do que real à frente da Secretaria de Saúde Municipal. Absorvida, construída e lançada pelo grupo de Maria, ela foi eleita com 44% dos votos dos eleitores ipiauenses e 57% dos votos válidos. Ou seja, na prática, ela já começa o governo com menos da metade do apoio real dos eleitores ativos cadastrados na cidade. Menos ainda, se considerarmos o universo de cidadãos ipiauenses, incluindo os analfabetos, novos moradores da cidade, idosos e adolescentes sem título, mas cheios de opinião.
Autodeclarada sem patrimônio até então, Laryssa é formada em enfermagem, o que a torna, teoricamente, mais “bem preparada” do que a atual prefeita, Maria das Graças, cobra criada soteropolitana, que possui apenas a 4ª série do antigo primeiro grau, conforme declarou ela mesma ao TSE.
Ambas as prefeitas enfrentam um “carma fantasmagórico” que ronda e sabidamente atua nos bastidores da alta administração da política municipal. A grande mídia do sudeste, como o Jornal O Estado de São Paulo, classificou essa influência como “voluntária”, suspeita de envolvimento multimilionário no sistema de licitação. O caso segue sendo investigado pelo Gaeco/MP.
Maria e a filha são sócias em cerca de 10 CNPJs, e as consequências jurídicas e financeiras dessa atuação podem ainda recair sobre elas, devido aos mais de 100 processos que correm na Justiça, envolvendo o nome e CPF de Maria das Graças César Mendonça, em especial quanto ao bloqueio de mais de R$ 41 milhões expedido pela justiça, envolvendo o grupo, ainda sob investigação.
A sociedade ipiauense questiona se Laryssa se sujeitará à influência velada dessa “mão invisível”, agora ainda mais ilegal que antes. Se sujeitar-se-á a ser a boneca substituta de ventriloquia, ou se conseguirá governar de fato de forma independente. Ou seja, já houve reunião oficial na Oceania e no Zap com ordens atravessadas/Lora. A batalha jurídica e midiática que se avizinha exigirá recursos financeiros e apoio técnico-jurídico especializado capaz de tocar a já inchada máquina.
Sob o Aspecto da Gestão Pública Orçamentária:
A gestão pública de Ipiaú enfrenta desafios significativos. O governo atual alocou 64% dos recursos da LOA-2025 em apenas 2 das 15 rubricas obrigatórias do gasto público previsto para o ano-calendário de 2025. A Câmara, de forma inesperada, modificou a liberdade automática de suplementação das receitas em mais de 20%, sem a prévia apreciação e autorização legislativa. A tradicional fórmula de alocar dinheiro na rubrica “educação” para depois transferi-lo de forma velada e unilateral para outros gastos, como altíssimos cachês de eventos populistas, teve as portas fechadas, entre outros apertos orçamentários.
Os comissionados e subalternos servidores da Controladoria do município, com sua autoconfiança e invencionices, altamente arriscadas, deixaram Laryssa, ao fim e ao cabo, em uma situação complicada. Beco apertado, jurídico e economicamente. A nova prefeita precisará de habilidade, muita competência, experiência, maturidade e clareza para obter a aprovação prévia dos atos oficiais e burocráticos necessários e jurídico-dependentes de seu governo.
Sob o Aspecto Político Eleitoral:
Ainda corre na justiça um processo de investigação eleitoral sobre o uso abusivo da máquina pública em favor da candidatura dela, no âmbito do direito eleitoral, em suposta transgressão eleitoral, abuso de poder político/autoridade e econômico.
A provável eleição do vereador Edison da Star Vídeo para presidente da Câmara, aliado ao Grupo dos 7, exigirá muita habilidade política, jogo de cintura e paciência de Laryssa. A nova prefeita enfrentará uma velada “oposição-amiga-teatral-organizada” e uma parte da mídia jornalística insurgente, estruturada, que não está alinhada com seu governo. Quanto à mídia tradicional, ela ainda poderá lhe trazer embaraços, caso não se reestabeleça o velho esquema intermediado pela Maré.
O G7 tem supostamente um plano político maior, não declarado, de resgatar o município das mãos dos “forasteiros”, apoiado por muitos cidadãos que tradicionalmente dependem da administração pública para viver à sombra.
A situação lembra o caso do ex-prefeito de São Paulo, Paulo Maluf, que, ficando de fora da regra da reeleição, se vingou, usando a máquina pública para eleger Celso Pitta, seu ex-funcionário, mas, na prática, na hora da implantação do plano, enfrentou sérias dificuldades na liderança real do comando da prefeitura paulistana, quando a mesma foi loteada e esquartejada pelos vereadores, ditos aliados, onde o “prefeito” Pitta não passava de uma figura midiática típica de peça teatral meramente formal.
![](https://i0.wp.com/ipiautv.com.br/wp-content/uploads/2024/12/image-235.png?resize=1024%2C949&ssl=1)
Sob o Aspecto Econômico:
O próximo governo de Ipiaú enfrentará alguns problemas, em especial a iminente baixa significativa de receitas:
- A isenção do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) para quem ganha menos de R$ 5.000,00 mensais, afetando a isenção de cerca de 510 servidores da prefeitura. Esse recurso, que vinha ficando para os cofres municipais, será perdido.
- A queda no preço do barril de petróleo no mercado internacional poderá reduzir os preços dos combustíveis e, consequentemente, as transferências do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), dado que o FPM é responsável por 78% dos recursos orçamentários da prefeitura de Ipiaú.
- Caso a nova prefeita herde um suposto e velado déficit fiscal do governo anterior, seu orçamento líquido será reduzido significativamente.
- Outra herança maldita será o início do pagamento do empréstimo de R$ 20 milhões, dito falsamente como sendo destinado ao asfalto, quando o principal consumiu apenas R$ 9 milhões.
- Há tempos o governo não vinha investindo na infraestrutura física, estrutural e organizacional da cidade, se vangloriando, via mídia de aluguel, de obras do governo do estado, realizadas por terceiros ligados à CONDER. E agora, com o passar do tempo, a situação se agravou, como é o caso da real macrodrenagem da cidade.
![](https://i0.wp.com/ipiautv.com.br/wp-content/uploads/2024/12/image-236.png?resize=792%2C666&ssl=1)
Sob o Aspecto do Apoio Popular:
Sem recursos “livres” para eventos populares, como a vultuosa e costumeira festa de São Pedro, o Dia do Evangélico e o Dia do Reggae, a pressão popular deverá ser grande. Isso se agrava se o governo anterior deixar um déficit de quase R$ 20 milhões, que precisará ser acomodado na execução orçamentária de 2025, além da responsabilidade jurídica. A queda nas receitas pode agravar ainda mais a situação, levando à redução de serviços básicos e cortes em programas sociais, como distribuição de cestas básicas, peixe, Chester e o prometido Vale Gás Municipal, entre outros compromissos eleitorais registrados no TSE da campanha eleitoral. A população guardou o Plano de Governo dela e promete cobrar cada uma das promessas.
Se o G7 assumir o controle do cenário político, a situação pode se complicar ainda mais, ao exigir cargos, diante da dificuldade de exoneração em massa necessária, especialmente de professores temporários, para atender ao TAC compromissado com o MP. Isso se dá pela necessária convocação dos 430 aprovados no concurso público de 2024 (muitos candidatos a professor oriundos de Jequié), frente à redução das receitas, e pelo fato de ainda haver muitos cargos de indicação remanescente dos vereadores que foram reeleitos, e que já declararam que não aceitam ficar sem o “Biribiri” deles.