O Hospital Geral de Ipiaú (HGI) se vê, mais uma vez, no centro das críticas, desta vez envolvendo um caso de descaso no atendimento a Jaildo Santos da Cruz, de 58 anos, e sua esposa, Patrícia, moradores do Alto da Carolina, que já vêm sofrendo com outros problemas na saúde pública de Ipiaú. O casal enfrentou uma verdadeira odisseia no hospital, marcada por horas de espera, desinformação e, principalmente, sofrimento.
Patrícia relatou que seu esposo foi encaminhado pela Secretaria Municipal de Ipiaú para realizar um exame de angiologia no dia 18 de dezembro, com agendamento para as 8h da manhã. No entanto, o que parecia ser uma consulta organizada e eficiente logo se transformou em um pesadelo. Chegando ao hospital às 7h, com Jaildo já sentindo dores intensas, a espera, que inicialmente deveria durar algumas horas, se estendeu até as 14h do mesmo dia, sem qualquer explicação clara sobre o atraso.
Quando Patrícia questionou a recepcionista sobre o motivo da demora, foi informada de que o médico responsável só chegaria às 11h, contrariando uma informação anterior de que ele estaria disponível desde as 8h. Mais tarde, foi alegado que o médico angiologista estava em uma cirurgia, o que gerou ainda mais frustração. Patrícia, que se sentiu desinformada e despreparada, considerou a falta de transparência e a confusão no atendimento inaceitáveis.
A situação agravou-se ainda mais quando, finalmente atendido às 14h, Jaildo foi informado pelo médico de que não havia qualquer exame agendado para ele naquele horário, e que seu nome sequer constava na lista de atendimentos. A falha na organização e o abandono do paciente foram claros, gerando grande sofrimento para Jaildo, que passou horas sem se alimentar e com dores intensas.
Apesar do transtorno, Patrícia fez questão de destacar a educação e atenção do médico que finalmente a atendeu, o que, no entanto, não apaga a falha grave do HGI no atendimento ao seu esposo. O episódio levanta questionamentos sobre a qualidade e eficiência dos serviços oferecidos pelo hospital, em um momento em que a população clama por melhorias no sistema de saúde.
Infelizmente, o caso de Jaildo Santos da Cruz não é isolado. Outros pacientes têm relatado situações semelhantes de demora e descaso no atendimento, evidenciando a falta de informação, a descoordenação e a sobrecarga no HGI. Tais problemas exigem uma resposta urgente das autoridades responsáveis.
A confiança da população no sistema de saúde local está em risco, e é imprescindível que ações concretas sejam tomadas para reverter a situação. A pergunta que persiste é: até quando as falhas no atendimento serão toleradas sem que melhorias reais sejam implementadas?
A reportagem tentou, sem sucesso, entrar em contato com a direção do HGI, que não respondeu às denúncias. Destacamos que todos os detalhes desse incidente foram registrados hoje na Ouvidoria da Secretaria Municipal de Saúde da Bahia. Além disso, as declarações dos pacientes, provas e evidências foram encaminhadas ao Ministério Público para apuração dos fatos.
Caso Jaildo: Entenda
A equipe do Ipiaú TV recebeu, na noite de segunda-feira (09), um relato sobre as falhas do sistema de saúde em Ipiaú, com o caso de Jaildo Santos da Cruz, de 58 anos. Morador do Alto da Carolina, Jaildo está enfrentando complicações graves de saúde, incluindo dores nas pernas e dificuldades para andar. Internado no Hospital Geral de Ipiaú (HGI) desde 21 de novembro, ele recebeu alta em 5 de dezembro, apesar de ainda apresentar os sintomas, pois aguardava uma angioplastia, procedimento que poderia demorar até quatro meses para ser realizado.
O diagnóstico inclui embolia e trombose nas artérias, além de complicações do diabetes tipo 2. A esposa de Jaildo, Patrícia, apela por ajuda urgente, temendo que a demora no tratamento agrave ainda mais o quadro de saúde dele. A regulação do paciente depende da Secretaria de Saúde Municipal de Ipiaú e da Central de Regulação Estadual, mas a falta de recursos e vagas nos hospitais de referência causa atrasos nos atendimentos.
Embora o HGI tenha cumprido com os limites da sua estrutura, a alta de Jaildo para aguardar o tratamento em casa levanta questões sobre o cuidado necessário para pacientes com condições graves. Casos como o de Jaildo reforçam a urgência de investimentos no sistema de saúde pública e na melhoria da transparência e eficiência na regulação de pacientes.