A equipe do Ipiaú TV recebeu, na noite desta segunda-feira (09), um relato angustiante que expõe mais uma vez as fragilidades do sistema de regulação de saúde em Ipiaú. O caso de Jaildo Santos da Cruz, 58 anos, morador do Alto da Carolina, evidencia os desafios enfrentados por pacientes que dependem do sistema público para acesso a procedimentos médicos especializados.
Internado no Hospital Geral de Ipiaú (HGI) desde 21 de novembro de 2024, Jaildo apresentava fortes dores nas pernas, inchaço, dificuldade para andar e dores de cabeça intensas. Após duas semanas de internação, recebeu alta no dia 05 de dezembro, mesmo com os sintomas ainda presentes. A esposa de Jaildo, Patrícia, afirma que a decisão de alta foi motivada pela espera da regulação, necessária para a realização de uma angioplastia — um procedimento essencial para desobstrução de artérias.
Segundo Patrícia, a médica responsável, Dra. Clécia Bezerra, informou que a regulação poderia levar até quatro meses. Enquanto isso, Jaildo permanece em casa, sentindo dores severas e enfrentando o risco de agravamento do quadro. O laudo de alta confirma o diagnóstico de embolia e trombose nas artérias dos membros inferiores, associado a complicações do diabetes tipo 2 recentemente diagnosticado.
Patrícia faz um apelo às autoridades, temendo que a demora na realização do exame comprometa ainda mais a saúde de seu esposo. “Meu marido não aguenta mais essas dores, e nós temos medo de que algo pior aconteça. Precisamos de ajuda urgente”, desabafou.
Quem é o responsável pela regulação?
A regulação de pacientes no Brasil é um processo que envolve diferentes esferas de gestão — municipal, estadual e federal — dependendo da complexidade do caso e dos recursos necessários. No caso de Jaildo, a responsabilidade inicial recai sobre a Secretaria de Saúde Municipal de Ipiaú, que deve fazer o encaminhamento para a Central de Regulação Estadual, responsável por organizar o acesso aos serviços de maior complexidade, como a angioplastia.
No entanto, especialistas apontam que a demora é resultado de um sistema sobrecarregado e mal estruturado, agravado pela insuficiência de vagas e recursos em hospitais de referência.
A necessidade de respostas
Casos como o de Jaildo Santos da Cruz são comuns em muitas cidades brasileiras, mas colocam em evidência a urgência de investimentos na saúde pública e maior transparência no processo de regulação. A pergunta que permanece é: até quando pacientes em estado grave terão que enfrentar tamanha espera, colocando suas vidas em risco?
O papel do HGI
É importante destacar que, em relação ao Hospital Geral de Ipiaú (HGI), não há críticas à atuação da unidade. O hospital fez o que estava ao seu alcance dentro da estrutura disponível. No entanto, a alta para aguardar o processo de regulação em casa levanta questões sobre o tipo de cuidado que pacientes em situações delicadas como a de Jaildo precisam. A decisão de alta, nesse contexto, poderia ser considerada mais adequada para atendimentos ambulatoriais, dado que a gravidade do caso exigiria um acompanhamento mais rigoroso.
O Ipiaú TV continuará acompanhando o caso e cobrando respostas das autoridades responsáveis, com o intuito de garantir que os cidadãos de Ipiaú recebam os cuidados de saúde que merecem.
1 comentário
Isso não é um caso isolado. Isso é crônico e intensional.
Faz parte de um sistema de dependência, programática; de viés e fundo eleitoral. Pasmem.
Eles fritam o paciente. Esquentam o caso. Levam até para a rádio-palanque, em programas “jornalístico” patrocinados indiretamente.
Para depois aparecer alguém e sussurrar: – Procure seu vereadoooor. Ligue pra a secretária fulaaana.
Só aí a fila anda e toda a família fica devendo o favor.
Se o povo tivesse acesso a infornação da montanha de dinheiro que o governo do estado tem “aplicado no HGI”… Iriam morrer do coração ou de desgosto. Tudo dominado.
Esse grupo forasteiro que tem depenado Ipiaú, com o apoio de vereadores-corretores, se fossem todos condenados a passarem a eternidade queimando no inferno, seria muito pouco.
Esse grupo político de cabeça invisível soteropolitana, não tem alma. Apenas uma fantasma loura, muito gananciosa e perversa. Insaciávelmente.
Na Folha de Pagamento da prefeitura tem alocados 28 médicos. Muitos deles cedidos ao HGI em forma de convênio.
Como não há fiscalização dos vereadores da base alienada, nem da controlodoria-itagibense indicada, a serviço do grupo… Situação gritante se comparada ao que o marketing pública nos sites de aluguel. Um vergonha repudiante. Nojento.
É de dá dó, dum povo que se refizer a eleição… votaram pela continuidade dededenovo.
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