“Por um crítico anônimo de Ipiaú, com bom humor.”
Em um cenário de desconexão entre a realidade e a narrativa oficial, a festa de 91 anos de Ipiaú foi um retrato claro de como a mídia alugada local continua tentando maquiar os fracassos da administração municipal. Embora a gestão da prefeita Maria tenha tentado promover uma celebração grandiosa, o resultado foi um fiasco que expôs não só a falta de planejamento, mas também a insensibilidade em relação às dificuldades reais da população.
O evento, que deveria ser motivo de orgulho para os ipiauenses, não contou com a participação massiva do público, que optou por não comparecer em protesto contra a gestão. Enquanto isso, a mídia local, financiada pela própria administração, insistia em reforçar a ideia de que a festa foi um sucesso. Mas, como diz o ditado, a realidade não pode ser escondida por muito tempo.
Uma imagem emblemática capturou bem o clima de desapontamento: a prefeita Maria sozinha, cercada apenas por uma banda de fanfarra, aguardando o término da missa para sua apresentação. A praça, normalmente movimentada em datas comemorativas, estava deserta. O público que se fez presente era pequeno e, na maioria, formado por crianças, uma tentativa óbvia de desviar o foco da ausência de pessoas que, em sua grande maioria, preferiram não comparecer como forma de protesto.
A falta de uma programação digna e atrativa foi um dos principais fatores que contribuiram para o fracasso da comemoração. Enquanto outras cidades da região, como Ubatã, Itagibá e Jitaúna, promoveram eventos com forte apelo popular, Ipiaú ficou para trás, mais uma vez, em termos de organização e valorização de sua própria história.
E o que faz a administração municipal? Quando o barco começa a afundar, insistem em tocar a banda de fanfarra, como se o som da música fosse capaz de esconder os graves problemas que atingem a cidade. A prefeita, que enfrenta sérios problemas financeiros, incluindo bloqueios de mais de 41 milhões de reais e a demissão de 380 funcionários, não consegue mais convencer a população de que está no caminho certo. A realidade é dura e, cada vez mais, é impossível ignorar o tamanho do desgaste de uma gestão que parece mais preocupada com a imagem do que com a entrega de resultados concretos.
Portanto, enquanto a mídia paga pela gestão tenta pintar uma imagem colorida de um evento que foi tudo, menos bem-sucedido, a verdade permanece clara para os ipiauenses: a festa não foi para a cidade, foi para as câmeras, para as narrativas vendidas ao público e para o sistema político que ainda tenta se manter relevante. A pergunta que fica é: será que acabou o amor pela cidade ou é só mais uma tentativa desesperada de vender uma realidade paralela?