A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 36 pessoas, incluindo vários membros do ex-governo, por abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado e organização criminosa. O indiciamento acontece no âmbito do inquérito que investiga a tentativa de golpe para manter Bolsonaro no poder mesmo depois que Lula (PT) foi eleito, em 2022.
Segundo informação da TV Globo, o inquérito foi concluído no início da tarde e vai ser enviado ainda hoje ao Supremo Tribunal Federal (STF). A Procuradoria Geral da República (PGR) vai analisar se denuncia ou não os indiciados. Entre os indiciados estão os generais Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Nacional, o GSI; e Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa e candidato a vice na chapa derrotada de Bolsonaro, o delegado Alexandre Ramagem, ex-presidente da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido de Bolsonaro. As penas previstas são de 4 a 12 anos de prisão em caso de golpe de estado; 4 a 8 anos em caso de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; e 3 a 8 anos em caso de organização criminosa.
TENTATIVA DE GOLPE
A PF investiga a tentativa de golpe de Estado entre o período desde antes da derrota de Bolsonaro para Lula e pouco depois da posse do petista. Discursos de autoridades do governo Bolsonaro para colocar a urna eletrônica em dúvida foram considerados. As “minutas do golpe” encontradas na casa do ex-ministro Anderson Torres, no celular de Mauro Cid, assistente de Bolsonaro, e na sede do PL em Brasília foram levados em conta. O plano revelado nesta semana com planejamento para assassinato de autoridades também faz parte da investigação. Os atos de 8 de janeiro são investigados em um inquérito separado. (Com informações do CORREIO)