
A moradora Laiz, residente da Rua do Honório, em Ipiaú, procurou a equipe do site Ipiaú TV para manifestar sua revolta em relação à situação da saúde pública na cidade. O motivo de sua indignação foi um incidente trágico ocorrido na última terça-feira (1º), que resultou na morte do bebê de sua prima, uma jovem de 22 anos que estava grávida.
Segundo o relato de Laiz, sua prima começou a sentir fortes dores abdominais e, ao procurar seu obstetra, Dr. Bruno, foi informada de que o médico não estava em Ipiaú naquele momento. Dr. Bruno recomendou que a gestante buscasse atendimento no Hospital Geral de Ipiaú (HGI). Ao chegar à unidade por volta das 11h, ela precisou esperar, pois apenas um obstetra estava de plantão, sobrecarregado com o atendimento de cinco partos simultâneos. A espera prolongada afetou não só a jovem, mas também outras gestantes que aguardavam assistência.
Laiz destacou que, mesmo com as dores persistentes, sua prima só foi orientada por uma enfermeira a se internar na sala de emergência às 14h. Contudo, o médico somente chegou para atendê-la às 20h — mais de dez horas após sua entrada no hospital. Para surpresa e desespero da família, o profissional limitou-se a recomendar que a gestante realizasse um ultrassom e retornasse para casa, sem sequer examiná-la adequadamente.
No dia seguinte, quarta-feira (2), Laiz e sua prima buscaram uma clínica particular para realizar o ultrassom, onde receberam a terrível notícia de que o bebê não apresentava mais batimentos cardíacos. Abalada, Laiz acusou o HGI e o médico de negligência, afirmando: “Se o médico tivesse atendido no dia anterior, talvez o bebê ainda estivesse vivo, pois a criança já estava passando por dificuldades e nada foi feito para salvá-la.”
A equipe de reportagem do Ipiaú TV entrou em contato com a administração do Hospital Geral de Ipiaú para obter esclarecimentos sobre o ocorrido. Até o momento, não houve retorno. O espaço permanece aberto para que o hospital e o médico mencionado apresentem suas versões dos fatos.
A situação reacende o debate sobre a qualidade do atendimento na saúde pública de Ipiaú, levantando questionamentos sobre a estrutura e a capacidade do HGI em atender às demandas da população, especialmente em casos de emergência.